quinta-feira, 28 de abril de 2011

Grande sugestão de leitura:

Neste romance esboça-se uma ruptura: o percurso da consciência ganha uma nova dinâmica, como uma dessas partículas alucinadas provenientes da grande explosão inicial, movida por formidável energia até aos limites de uma escuridão inacessível à razão. Mas este é também um livro que permanece atento, ao mundo de hoje, às relações entre as pessoas. Um livro que não recua perante o grau de desordem que nos ameaça e que sempre esteve contida nessa força expansiva e co-criadora: o homem.

Ler faz bem para a saúde!

Os efeitos positivos que a leitura proporciona ao processo de recuperação da saúde dos pacientes hospitalizados, despertando-lhes esperança, desabrochando risos, tocando-lhes o intelecto, a emoção e ativando seu cérebro, são significativos e incontestáveis na promoção do bem-estar emocional e físico, além de ampliar seu universo cultural.


Você sabe por que comemoramos o dia Nacional do Livro no dia 29 de outubro? Por que foi nesse dia, em 1810, que a Real Biblioteca Portuguesa foi transferida para o Brasil, quando então foi fundada a Biblioteca Nacional e esta data escolhida para o DIA NACIONAL DO LIVRO.
O Brasil passou a editar livros a partir de 1808 quando D.João VI fundou a Imprensa Régia e o primeiro livro editado foi "MARÍLIA DE DIRCEU", de Tomás Antônio Gonzaga.

Vídeo: Leia de todo jeito que puder!!

    Levem o laptop para o banheiro e visitem o site Estante Virtual,rs.

Vídeo: Ler com prazer!!!

                                                       Quebre os preconceitos!!!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Filme "O Barato de Grace", de Nigel Cole (2000)

     Sem censuras, por favor! Sim o filme fala sobre a Canaabis Sativa. É, a maconha. Não vou defender aqui o uso, a descriminalização do uso ou mesmo tentar tratar o vício como uma questão de saúde pública, até porque sabemos das propriedades terapêuticas da erva. Pois bem, a película apenas usa, com criatividade, o tal do baseado para falar sobre algo maior: ajuntamento de pessoas.
     Grace, é uma jardineira de mão cheia em uma cidadezinha simpática do Reino Unido. Quando seu marido morre ela percebe que sua vida está de pernas prá cima. A viúva se vê sozinha e com inúmeras dívidas. Este é o momento onde ela se junta com um 'maconheiro', rs, e decidem produzir a Cannabis em larga escala para vender, uma vez que o seu comparsa também quer resolver alguns problemas na vida.
     A verdade sobre esse filme é que seus protagonistas tentam resolver suas demandas pensando unicamente em dinheiro, que realmente, às vezes ajuda. É aí que entra o poder terapêutico real da erva no filme. Aquela pequena comunidade se une, e irmanados pelos dramas pessoais se descobrem enquanto um núcleo de gente boa!
     A viúva endividada encontra o amor da sua vida e uma forma de sobreviver.
     O maconheiro redimensiona sua vida à partir da paternidade.
     O médico sai de seu mundinho fechado de viciado (percebam isso) e  se torna um bicho altruísta.
     O oficial de polícia cumpridor da lei, se mostra uma pessoa cooperativa.
     O cobrador é envolto no clima comunitário.
     As duas titias redescobrem o sentido da palavra alegria!
     E assim a comunidade vai se aprimorando. O filme não é sobre a maconha, mas sobre pessoas com dramas reais, mas que são gente daquela gente, e quando descobrem isso....é só gargalhada!!
     A obra foi indicada ao Globo de Ouro, com o prêmio de melhor atriz para Brenda Blethyn (Grace), que é um capítulo à parte. Ela só começou a atuar com quase 30 anos. Era desconhecida do grande público, quando o diretor Mike Leigh a escalou para estrelar Segredos e Mentiras, em 1996. O Barato de Grace venceu o prêmio do público no festival de Sundace.
    O filme é mais uma prova de que o humor inglês – sempre inteligente, cínico e sutil – proporciona experiências cinematográficas muito mais gratificantes que o atual humor norte-americano, grosseiro e apelativo.
    Abraços carpediminianos.
    Raphael Juliano

     Alerta: Menores de 16 anos e conservadores, não assistam!


Invictus, de William Ernest Henley

Autor: William E Henley
Tradutor: André C S Masini

Do fundo desta noite que persiste
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum acaso existe,
Por mi’alma insubjugável agradeço.
Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago
Minha cabeça - embora em sangue - ereta.
Além deste oceano de lamúria,
Somente o Horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.
Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma.

William Ernest Henley, nasceu em Gloucester, Inglaterra, em 23 de agosto de 1849, primogênito de seis irmãos, filho de um modesto vendedor de livros. Apesar da difícil condição financeira, seu pai conseguiu enviá-lo para uma escola secundária, Crypt Grammar School, que não pode concluir por motivos de saúde e financeiros. Tinha apenas doze anos de idade quando foi diagnosticada sua artrite decorrente do bacilo da tuberculose. Aos dezesseis teve a perna esquerda amputada abaixo do joelho. Em 1867, perdeu seu pai, tornando-se arrimo de sua mãe viúva e de seus irmãos. Em 1869 mudou-se para Londres onde conseguiu emprego como jornalista autônomo. Em 1872 sua doença o compeliu a viajar em tratamento para Edimburgo, Escócia, onde escreveu a coleção de poemas In Hospital e se apaixonou por Anna Boyle, com quem viria a se casar. Em 1875 tornou-se amigo íntimo de Robert Louis Stevenson que fora levado ao hospital para lhe conhecer. Nesse mesmo ano teve alta e retornou a Londres, onde se tornou editor da revista London. Em 1878 casou-se com Anna Boyle com quem teve sua única filha, Margaret, em 1888, que faleceu de meningite apenas 5 anos depois. Em 1889, tornou-se editor da revista Scots Observer, onde, nesse mesmo ano, escreveu uma crítica desfavorável de O Retrato de Dorian Gray de Oscar Wilde que desencadeou uma célebre controvérsia entre ambos. Henley era um homem entusiasmado e apaixonado, com opiniões veementes e emoções intensas, e teve discussões com muitos outros contemporâneos. Permaneceu como editor de Scots Observer (cujo nome havia mudado para “National Observer”) até 1894, após o que morou em várias cidades inglesas com sua esposa. Morreu em 1903 de tuberculose.