segunda-feira, 25 de julho de 2011

Na falta de inspiração: PÁGINAS DE UM DIÁRIO.....

A poesia é quase que um parto. Às vezes vem de maneira natural, às vezes exige intervenção... transpiração. Como estou sem poesia nas entranhas nos últimos dias, resolvi criar o espaço "Páginas de um diário". É lugar onde serão transcritos textos do meu diário pessoal, momentos de afeição-manuscrita. Tenho esse lugar-caderno desde o ano de 2000. Não escrevo todos os dias, mas escrevo sobre vida, afetos, traumas e medos.
Guardem segredo!!

Raphael Juliano
29 de novembro de 2010;

            O sonho da noite anterior dizia assim: Eram três velhos amigos que por longos anos trocaram experiências. Havia o mais ponderado, o extremista e o aventureiro. Eles viveram tantas coisas juntos que decidiram fazer um canto, construir um castelo que guardasse seus corações da mesquinhez da humanidade.
            Era um lindo castelo! Dava de frente para o mar. A brisa era leve, fácil de respirar. As pedras usadas na construção eram de um marrom nebuloso. Em todos os quartos havia sacadas espaçosas com jardins cheios de azaléias. A sala de jantar era robusta, feita em boa madeira. No centro da sala de estar havia três poltronas antigas, acostumadas a se reclinarem conforme a necessidade de seus mestres. Uma lareira embelezava o lugar.
            Aquele castelo possuía um orquidário, feito pelo ponderado. Ali era um espetáculo de cores e beleza. A arquitetura de cada pétala revelava a grandiosidade da criação.
            O extremista se deleitava na sala de cinema. Ali vivia seus fantasmas, tudo aquilo que não pôde ser. Um mundo à parte só prá ele.
            O aventureiro tinha sua discoteca. Seu universo pop de transgressão e esquecimento.
            A biblioteca era um espaço comum. Escadas imensas ajudavam no alcance às inúmeras estantes. Passavam horas ali. Ali eram Pessoas, Drummonds, Adélias, Quintanas.... Outro mundo.
            Ah, que castelo! Era um depósito de felicidades! Sonho de onde não se quer acordar. E lá Deus os olhava distraidamente.
Simile simili cogniscitur!
Similis simili gaudet!
RJ

sábado, 23 de julho de 2011

Texto "Uma coisa leva a outra", por Brega.

"A bondade do Eterno me persegue, me encontra e me lembra que estou perdoado.
Perdoado, arrependo-me, expandindo minha consciência sobre mim mesmo e sobre aquEle que me encontrou.
Arrependido, confesso meus pecados.
Confessando, livro-me do pecado e da culpa que gerava pesos desnecessários na alma.
Leve, me conscientizo da Graça que me encontrou.
Consciente da Graça, me responsabilizo e me disponho a servir.
Servindo ao próximo, respondo a este tão grande amor que me encontrou.
Sim, "UMA COISA LEVA A OUTRA" todos os dias, o dia todo, até o fim.
Simples assim."

Carlos Bregantim

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O dia da amizade!

A amizade é assim:

É sentir o carinho,
É ouvir o chamado.
É saber o momento
de ficar calado.
Amizade é somar
alegrias, dividir tristeza.
É respeitar o espaço,
silenciar o segredo.
È a certeza
da mão estentida.
A cumplicidade que
não se explica,
Apenas vive!
Olavio Roberto

terça-feira, 19 de julho de 2011

Edir Macedo, largue os brinquedos desse menino!!!!

Tá pago ou não, Edir Macedo?

                                                 
         No blog do 'bispo' Edir Macedo está postada uma matéria onde um de seus líderes religiosos (saduceu, herodiano, fariseu - deve ser dessa laia) inicia um exorcismo em uma mulher e diz para seu filho que ele deve pagar um "preço" pela vida da mãe. O garoto deve pagar um preço para que o casamento dos pais seja feliz de novo. Segundo o religioso o demônio é quem inferniza a vida marital dos pais do garoto.
         Isso tudo me lembra de duas passagens da vida de Jesus. A primeira é quando Ele diz que ninguém, ninguém deve tocar, expor, explorar, maltratar, abusar de um dos seus pequenos, das crianças, porque delas é o Reino. Não há a necessidade de esmiuçar. O que Jesus queria era que todos nós cuidássemos bem dos nossos garotos porque eles são seres em formação, não têm senso de direção, porém permanecem com o que há de mais essencial na humanidade: a inocência.
         A segunda me remete ao fim de sua vida. Antes de morrer, Jesus diz em grego: "Tetelestai", ou seja, "está pago". Na Israel sobrepujada pelo Império Romano, principalmente na época de Pilatos, os presos recebiam uma inscrição quando terminavam de pagar sua pena: "Tetelestai". Havia muitas cruzes naquele período. Documentos encontrados há quarenta anos atrás em Cesareia descrevem que Pôncio Pilatos crucificava cerca de quinhentas pessoas por dia, e Jesus foi o único que ao ser crucificado exclamou tal expressão. Na realidade quando o sujeito era pego pela justiça romana, seus crimes eram escritos em uma lista, e esta lista era colocada na porta da cela. Quando chegava o tempo da remissão, do cumprimento da pena, da absolvição ou seja lá do que fosse, o oficial de justiça afixava o imprimatur romano declarando que estava consumado. "Está pago" tem um siginificado forense, judicial, de Direito. Significa que todos os débitos estão pagos. Não há mais dívida.
         Fico triste de ter que escrever sobre isso, porque havia feito o propósito de não falar mais de religião. Contudo a Igreja Universal do Reino de Deus está fazendo um grande desfavor à memória de Jesus e ao Estatuto da Criança e do Adolescente.
         Primeiro digo que não há nada de evangélico em dizer a um garotinho que ele tem que pagar com seus brinquedos para que os pais sejam felizes. Até porque a felicidade de um casal não depende de um filho. Se houvesse qualquer contexto de Evangelho na IURD eles entenderiam que a felicidade de um casal só depende dele mesmo porque está pago! Tetelestai! Foi Jesus quem disse, foi Ele quem pagou!
         Em segundo lugar não há nada de cívico, e ao contrário, chega a ser um desrespeito às leis escritas nestas terras tupiniquins, expor ao constrangimento uma criança, um adolescente.      Creio, em consciência, que Edir Macedo deveria ler mais os Evangelhos. Creio, em consciência, que Edir deveria ler o ECA.... e a Constituição da República....
         Creio que o bispo e seus assessores devessem ler um pouco sobre psicologia clínica para pais e filhos, porque nota-se que eles não entendem nada sobre filhos, pais, mães ou núcleos familiares onde existam  crianças envolvidas. O que é plenamente compreensível, uma vez que os pastores da Universal não podem ter filhos.
    RAPHAEL JULIANO

quarta-feira, 13 de julho de 2011

A chacina do deuses......


Friedrich Wilhelm Nietzsche (Röcken, 15 de Outubro de 1844 — Weimar, 25 de Agosto de 1900)

[A chacina dos deuses não é expressão do ateísmo,
é uma constatação dentre os que crêem.]


No dia dos finados, nada mais propício em pensar na expressão nietzschiana “Deus está morto”.
A sucumbência da dicotomia platônica e a autonomia do ser humano como seu próprio deus dão o real significado a expressão do filósofo no seu livro “A Gaia Ciência”, em 1882.
As corrosões da crença e da religião mataram o Deus popularizado; a adoção do moralismo e barganha com céu e outros interesses pessoais pelo Cristianismo e demais religiões, assassinaram Deus e elegeram milhares de milhares de deuses; a relativização do Homem pelo fascínio ante a potência humana de viver por si só, matou o Deus da religião.

Assassinaram o Deus popularizado e inventado pela religião, que por sua vez, ergueu-se para assassinar o Deus revelado em Jesus.
O filósofo questiona: “Quem nos limpará deste sangue? Qual a água que nos lavará?”
O Homem chegou ao ponto de matar a Deus pela sua inutilidade. Quem precisa Dele quando se pode ter o seu deus cristão personalizado ou quando se pode ter o seu umbigo como auto-suficiência?
A boa notícia é que, na verdade, Jesus apenas morreu antes da fundação do mundo e que explodiu na história, há 2.000 anos.
Matem o que quiserem. O Pai não pediu para ser Deus a mim e a você e muito menos quer ser o bojo de um idealismo cristão. O niilismo, como desconstrução de fatores externos/metafísicos e que comprometem fatores internos/pessoais acaba servindo ao Pai. Toda nueza, ainda que leve a outros caminhos, pode servir para que o Pai encontre a muitos.

“O reino dos céus é um estado do coração, e não algo capaz de descer sobre a terra, ou que venha depois da morte. O reino de Deus não é alguma coisa pela qual se possa esperar. Ele não tem ontem, nem amanhã, não vem em mil anos - é uma experiência íntima do coração: está em toda parte e em parte nenhuma.” Nietzsche.

A chacina dos deuses não é expressão do ateísmo, é uma constatação dentre os que crêem.

Moisés Lourenço

sexta-feira, 8 de julho de 2011

A crônica e o conto.

Conto é tudo o que o autor chamar de conto.
                (Mário de Andrade)

Alguém já disse que crônica é a literatura sem tempo.
(Luis Fernando Veríssimo)

A crônica

A crônica, oficialmente, não existe. Mas, como ocorre com bruxas, há sempre alguém disposto a testemunhar que já a viu - e nas mais diferentes formas. Pode aparecer na forma de comentário sobre a cena política, ou como um recorte da infância. Ontem, disfarçou-se em digressões sobre o cotidiano. Amanhã, será poema em prosa. Às vezes exibe-se como trecho de algum romance que vai consumindo o autor ao longo de muitas madrugadas. Assume ainda características de ensaio, ou de experimentação estilística. Pode ser brincalhona, amarga, profunda, superficial, atrevida.
Tentativas de enquadrá-la com rigor em algum gênero não parecem recomendáveis. Catalogar a crônica como gênero menor, por exemplo, esbarra na evidência de que não existem gêneros menores. Há grandes e pequenos romancistas, grandes e pequenos poetas, grandes e pequenos contistas. Também há bons e maus cronistas. Contrapô-la ao conto é imaginar, equivocadamente, que crônicas seriam apenas histórias breves, inferiores ao conto em qualidade, densidade ou qualquer outro substantivo invocado para comparações dessa espécie. Numa frase: a crônica não passaria de conto leve e leviano. Mas como aplicar tal definição às obras-primas de um Rubem Braga ou um Fernando Sabino?
Inconstante, descompromissada, libertária, a crônica é avessa a regras e incompatível com camisas-de-força. Nos tempos da Província de São Paulo, por exemplo, já foi até anônima.
Raul Pompéia e Olavo Bilac assinavam textos curtos. Euclides da Cunha, Monteiro Lobato - obcecado com a questão da dicotomia atraso-progresso – publicavam, sem limitação de espaço, textos à altura das obras que lhes asseguraram uma vaga entre os grandes autores da língua portuguesa.
Além disso há outras particularidades: por exemplo ao perguntarem a Rubem Braga o que era a crônica, ele respondeu: "Repare bem: se não é aguda é crônica!".
Moacir Amâncio
O conto
Já o conto, universalmente admirado, versa sobre os mais variados assuntos, de tal forma que, tecnicamente, os contos são classificados por tipo: "Contos Policiais", "Contos de Fadas", "Contos Eróticos", "Ficção", "Contos Infantis", etc.
Conto é a designação que damos à forma narrativa de menor extensão e que se diferencia do romance e da novela não só pelo seu tamanho, mas também por possuir características estruturais próprias.
Possui os mesmos componentes do romance, mas evita análises, complicações do enredo, e o tempo e o espaço são muito bem delimitados. O conto é um só drama, um só conflito, uma única ação. Tudo gira em torno do conflito dramático. A montagem do conto está em volta de uma só idéia, uma imagem ou vida, desprezando-se os acessórios. “O conto é uma narrativa linear, que não se aprofunda no estudo da psicologia das personagens nem nas motivações de suas ações. Ao contrário, procura explicar aquela psicologia e essas motivações pela conduta das próprias personagens” (R. Magalhães Júnior). “O conto é uma narrativa breve; desenrolando um só incidente predominante e um só personagem principal, contém um só assunto cujos detalhes são tão comprimidos e o conjunto do tratamento tão organizado, que produzem uma só impressão”. (J. Berg Esenwein citado por Nádia Battella Gotlib).
Mas será isso mesmo? Ou tais normas são flexíveis? Bernardo Élis, por exemplo, às vezes é muito descritivo; além disso, conta outras histórias dentro do mesmo conto, dividindo-o em mais de um núcleo, usa flashback etc. Outro “pecado” seu é narrar um conto como se fosse um romance (leia-se “O padre e um sujeitinho metido a rabequista” in Veranico de Janeiro). Mesmo “conspirando” contra tais normas, Bernardo Élis não deixa de ser um clássico, muito pelo contrário. “O romance procura representar o mundo como um todo: persegue a espinha dorsal e o conjunto da sociedade. O conto é a representação de uma pequena parte desse conjunto. Mas não de qualquer parte, e sim aquela especial de que se pode tirar algum sentido (alguma lição, se preferir), seja ele positivo ou negativo, não importa.” (“Murmúrios no espelho”, Flávio Aguiar in Contos, Machado de Assis). Parodiando Machado de Assis: o conto é tudo isso, sem ser bem isso.

A todos que viram a pedra!!!!

Carlos Drummond de Andrade

No Meio do Caminho

No meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no mei do caminho tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra. Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas. Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho no meio do caminho tinha uma pedra.

Texto "Imperatriz Helena, a mãe do cristianismo", por Moisés Lourenço.

      IMAGENS DE CONSTANTINO E SUA MÃE, HELENA.



Não há Cristianismo sem Império Romano.

Quem conhece a história do Cristianismo e mantendo a honestidade com a mesma, sabe que a história da fé cristã é dividida em duas partes. Uma parte é aquela que compreende Jesus, o seu ensinamento, a sua subversão latente e os primeiros passos dos seus discípulos e comunidades da fé. A segunda parte, compreende a fé cristã em um estado posterior, com pernas próprias, inseridos num “disco rígido” que produz novos interesses e novos discursos, que se mantém com acordos, ajustes, dogmas, concílios e finalmente, poder estatal.

A primeira parte, compreendia um discurso só: a noticia revolucionária de que através do Messias, Deus havia se reconciliado com o Homem, não levando em conta, qualquer tipo, dimensão ou entendimento que se tinha de “pecado”.
É como se os temas que eram pautas das religiões arcaicas e as implicações de “pecado”, “inferno”, “sacrifícios”, “ofertas”, e etc, caducassem pela incursão “cataclismática” do Messias na história da criação.
Em outras palavras, era o fim de toda religião. O Messias, entre nós, foi uma espécie de esponja transcendental. Nele, todas as religiões, conceitos, práticas, costumes, tradições, ritos entraram numa espécie de “buraco negro” de caducidade, perda de valor, de razão e de profissão.
Já não havia necessidade de crenças e tradições e mais, não havia nem a necessidade de crença histórica dele mesmo, o Messias.
Ele anunciou que seria o ponto de convergência do que tinha de ser feito e nada do contrário poderia ser feito, nem a minha aceitação a tudo isso ou meu cetismo a tudo isso.
Ele veio cumprir uma missão e cumpriu e, por conseguinte, não ficou devendo nada a nós, muito menos o obrigando a fundar uma religião, ainda que fundada nele mesmo.

A segunda parte entrou em ação.
Nos primeiros séculos, os ecos do Messias entraram num processo de desencadeamento e que culminou naquilo que eles tinham aniquilados: a religião. O Messias virou uma religião e, a saber, religião é um divisor de tronos, onde ela ocupa a sua parte como uma parte do ser divino, representado na Terra e que se porta como indispensável.
É como se o Cristianismo fosse um braço do Messias, algo que irrompesse para dar continuidade ao seu ato messiânico e por conta disso, a religião recuperou os aspectos arcaicos como “pecado”, “inferno”, “sacrifícios”, “ofertas”, e etc, a fim de que ela trabalhasse novamente os temas e mais, mediasse o céu em detrimento dos seus dogmas.
Para Jesus, o assunto havia se encerrado. Nenhuma religião tinha valor, nem aquela que surgisse em seu nome.
Todos, independentes de professar uma fé ou não, são beneficiados pelo Messias, mesmo que essa notícia de “reconciliação” não fosse muito longe ou acreditada.
A notícia foi longe, porém, virou religião, virou Cristianismo. Deixou de ser uma notícia para virar uma moeda e uma doutrina.
Quando a notícia virou religião, ela virou a principal engrenagem, gerando um sistema de poder, concentração e colonização intelectual.

Dona Helena foi a principal responsável por convencer seu filho, o imperador romano Constantino (que morreu flertando com o chamado “Paganismo” e o Cristianismo), a adotar a fé cristã como uma religião estatal. Aquilo que era para ser apenas reconhecido por quem quisesse, a saber, o elo intrínseco e invisível entre Deus e o Homem, virou um sistema de fabricar, em séries, fiéis e dogmatizar o ato messiânico.
A partir daí, o ato messiânico já não beneficiara todo o ser vivo, mas virara um Deus apostólico romano particular que gosta dos que vão a missa ou cultos, que acreditam na bíblia, que praticam a eucaristia e que fazem confissões nos moldes religiosos para conseguir ser salvo do inferno.

O ato messiânico foi deturpado para virar algo que o próprio Messias não cogitou, muito pelo contrário, o ato messiânico virou aquilo que nele cessou: religião. Jesus foi o maior ateu da história, pois ele não apenas duvidou ou questionou a religião, como a aniquilou, expirou e a inutilizou. Porém, a disposição em lucrar com aquilo que caiu em caducidade, foi implantada séculos depois de sua morte e hoje ela disputa o título de maior religião ao lado do Islamismo e Judaísmo.
Hoje, as três religiões abraâmicas disputam o título de maior antítese do ato messiânico. Vale ressaltar que assim como o Messias não precisou de religião (apesar de ele ter vivido entranhando na religião vigente de sua época) para cumprir o que tinha de ser cumprido, não há nada que uma religião possa fazer contra.
Ainda que haja segmentos religiosos generosos e complacentes, ela apenas cumpre o papel da “parte boa” de uma instituição que não deveria existir, todavia, já que existe, e defendo o direito de sua existência, ela deve se esforçar para, ao menos, não ser um desserviço a sociedade.

O que de fato aconteceu através de Jesus, deveria gerar apenas pessoas que se afinam com o seu ato, pois, além de inspirador, rege todas as coisas, independente de todas as coisas serem livres para constituírem seus modos de encarar a vida.
Um dos maiores vislumbres do que aconteceu em Jesus é o direito de sermos livres para nos livrar de qualquer religião, mesmo aquela fundada através do fenômeno messiânico, o que não a torna melhor que outra religião.
O Evangelho (a notícia) que o Messias trouxe a tona é que todo aquele que seguir os seus passos, já é morada do próprio Messias.
Isso não é uma questão de crença, pois até um ateu pode ser um seguidor, afinal, seguir é agir como ele agiu e não se tornar um religioso.
O Evangelho, que não era para virar uma ideologia cristã milenar, é um vetor da espiritualidade intrínseca no Homem, não é assunto de religião, mas para nossa mente cauterizada por ela, não nos entender muito bem.