quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Amor: corações que se tornam um.



"Que eu não veja obstáculos na união de corações sinceros,
O amor não se turva em águas turvas nem se curva ante a chuva. 
Não. É uma luz constante que a tempestade não altera.
É a estrela de toda nau errante, de brilho claro, embora sem matéria.
Não é joguete do tempo, embora a carne sofra o peso de sua foice,
Se isso for falso, e provado também, eu nunca escrevi e nunca se amou ninguém."
Hilda Hilst

2 comentários:

  1. DA NOITE

    "Que canto há de cantar o que perdura?
    A sombra, o sonho, o labirinto, o caos
    A vertigem de ser, a asa, o grito.

    Que mitos, meu amor, entre os lençóis:
    O que tu pensas gozo é tão finito
    E o que pensas amor é muito mais.

    Como cobrir-te de pássaros e plumas
    E ao mesmo tempo te dizer adeus
    Porque imperfeito és carne e perecível
    E o que eu desejo é luz e imaterial.

    Que canto há de cantar o indefinível?
    O toque sem tocar, o olhar sem ver
    A alma, amor, entrelaçada dos indescritíveis.

    Como te amar, sem nunca merecer?"

    Hilda Hilst

    Tenho um livro dela, se tu quiseres, empresto.

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  2. Legal. Claro que quero, minha cara.
    Abraço!

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