E ele chorou.
Leu e chorou.
Chorou pelo amigo,
pela triste sensação de vida interrompida.
Há muito tempo ele não chorava.
Mas depois do choro eles beberam.
Eles viajaram.
Eles dormiram de novo,
e caminharam sugando a beleza das coisas simples.
O prenúncio da vida interrompida era falso.
Nada foi interrompido senão a desumanidade,
a indiferença e a falta de sorriso nos olhos.
Ele leu novamente.
E não chorou.
Ele viu vida em seus anos.
Apesar de sentir que não haveria muitos anos naquela vida.
Ele não chorou.
Simplesmente alcançou a imensidão do fim e do começo.
Do amanhã e da véspera.
Ele alcançou o que não dá.
E deu ao seu amigo.
22/03/12 RJ
Nenhum comentário:
Postar um comentário