terça-feira, 14 de outubro de 2014

O direito a não sentir dor




A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) fará consulta pública sobre Resoluções que tem o objetivo de controlar o tipo de parto das mulheres brasileiras. Sim! A ANS diz querer estimular o parto normal, mas as resoluções querem é regular.

No Brasil, na rede particular, mais de 80% dos partos são por cesariana. Mais de 40% dos partos no Sistema Único de Saúde (SUS) são por cesariana. A média geral é superior a 50%, mais de 35% do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 

O Ministério da saúde afirma que o parto não é uma questão de consumo, mas sim de saúde pública. A incidência de síndrome respiratória aguda é maior nas crianças nascidas na cesariana, o número de óbitos neonatais também é maior, segundo o MS e a OMS. E lá vem aquela balela de que a vida é um bem inalienável. 

Não sou contra o parto humanizado. Não sou contra o parto normal. Penso que essa é uma decisão que deve ser partilhada entre paciente e médico. 

O Estado quer proteger o direito a vida a todo custo, mas e o direito a não sentir dor? Existem lugares onde o Estado não cabe.

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